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Os 10 Piores Grandes Escritores dos X-Men

Apesar de Chris Claremont ser a referência quando se fala em roteiristas dos X-Men, muitos escritores o seguiram após seus mais de 17 anos à frente dos títulos mutantes. Quando se fala em escritor ruim – e principalmente dos X-Men, o primeiro nome que vêm é Chuck Austen. Mas ele não é o único ruim. Você vai se surpreender com os nomes que contam na lista que segue.

ATENÇÃO: Os nomes constantes nesta lista se referem apenas à pessoas que escreveram títulos principais dos X-Men, como Uncanny X-Men, Adjectiveless X-Men e Astonishing X-Men. Os títulos periféricos não entram nesta lista.


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  1. DANIEL WAY

Daniel Way é o “grande” escritor do Deadpool. Foi durante a sua fase que o personagem atingiu níveis de popularidade estratosféricos e ganhou inúmeros títulos periféricos relacionados. Mas sua passagem por X-Men foi bem mais singela: apenas três edições tapa-buraco de Astonishing X-Men. A história mostrava Wolverine, Ciclope e Emma Frost enfrentando em Tóquio monstros vindos da Ilha Monstro, domínio do Toupeira. Uma história cuja necessidade de existência é bem questionável, assim como essa passagem do escritor pela revista.


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  1. MARJORIE LIU

Marjorie Liu é hoje famosa por ter sido aquela que escreveu o casamento do Estrela Polar com Kyle Jinadu, em Astonishing X-Men, título em que ficou quase 20 edições. Entretanto, antes de pegar esse título, Liu já havia trabalhado com as histórias de X-23. Antes disso ela era uma famosa escritora de livros de fantasia. Hoje, ela escreve a série Monstress, pela Image. Em sua fase por Astonishing X-Men, Liu não fez grandes histórias. Aqui no Brasil, pelo menos metade de sua fase foi ignorada e tudo aponta que era a metade “mais” ruim dela. Para mim, outra autora cuja fase é dispensável.


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  1. JASON LATOUR

Jason Latour hoje é conhecido por ter sido uma dos criadores da intragável Gwen-Aranha. Ele é um daqueles “escritores sidekicks”, que começam a aparecer na cola de outro. No caso, é o escritor Jason Aaron, pois os dois trabalham juntos na série da Image Comics, Southern Bastards, inédita no Brasil. Logo, era previsível que seu trabalho desse continuidade ao de Jason Aaron. Latour foi trabalhar nos mutantes no segundo volume da revista Wolverine and The X-Men, em que criou uma trama mais rocambolesca do que Grant Morrison e Aaron poderiam criar juntos. Envolvia a Fênix, Quentin Quire, o Clube do Inferno e gente vinda do futuro. Até hoje eu não entendi aquela trama.


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  1. MATT FRACTION

Matt Fraction é, hoje, considerado um grande escritor, um revolucionário. Mas a sua passagem pelos X-Men não foi muito memorável. Fraction trabalhou com a equipe quando ela se mudou para São Francisco e tinham tantos, mas tantos personagens, que era preciso usar de legenda para dizer ao leitor quem eles eram e do que eram capazes. Embora tivessem uma fagulha de ousadia, como veremos com outros escritores, essa fagulha parece ter sido podada pelos editores, por se tratar de uma equipe muito grande e popular em todo mundo, precisando deixar um texto e um enredo pasteurizado para entendimento geral. Pois sabemos que Matt Fraction é capaz de ousadias maiores.


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  1. VICTOR GISCHLER

Victor Gischler é o cara que, nos X-Men, transformou Jubileu em uma vampira. E pronto, não tem nada mais pra falar da fase dele. Brincadeira! Gischler, antes de escrever para os X-Men era um renomado escritor de romances com criaturas do submundo, como vampiros e lobisomens. Seu arco de estreia nos X-Men e numa revista novinha, foi A Maldição dos Mutantes, em que Drácula atacava a espécie dos X-Men. Entretanto, as histórias eram fraquinhas, fraquinhas. O arcos que se seguiu foi da equipe mutante o Homem-Aranha enfrentando uma infestação de Lagartos em Nova York. Todos os arcos seguintes envolviam crossovers dos mutantes com outros heróis, o que tornava as histórias cansativas. Mais para a frente Gischler foi substituído por Brian Wood no título.


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  1. JEFF LEMIRE

Jeff Lemire, a nova grande estrela dos quadrinhos independentes trazida para os quadrinhos mainstream, que fez Sweet Tooth, Arqueiro Verde e tantas mais séries de sucesso, errou na mão com os X-Men e não agradou. Talvez o problema não fosse apenas dele, mas dos desenhos terríveis de Humberto Ramos. O fato é que a série Extraordinary X-Men dos dois não agradou nem público e nem crítica como poderia ter feito devido ao seu nome como grande estrela dos quadrinhos. Jeff Lemire está aqui nesta lista, como muitos outros autores, muito mais como um caso de grande decepção do que como uma escrita ruim.


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  1. JOE CASEY

Quando Grant Morrison foi chamado para escrever um dos títulos dos X-Men, que ficou conhecido como Novos X-Men, Casey foi chamado para o título ao lado, Uncanny X-Men. Enquanto Morrison e Claremont brigavam pelos personagens, Casey ficou com os restolhos. Talvez por isso sua fase ficou tão ruim. Mas não podemos esquecer da prostituta mutante Stacy X e o Rancho X, local de prostituição mutante e a lambidinha que ela deu na orelha do Arcanjo. Citar essa passagem já é o suficiente para mostrar como essa passagem foi malfadada e como estava sem direção nenhuma.


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  1. PETER MILLIGAN

Uma das maiores decepções com escritores que eu tive na minha vida foi quando Peter Milligan foi parar na revista X-Men. Ele vinha com uma fase sensacional na equipe X-Force: mutantes superfamosos, controlados pela mídia, filmados 24 horas. Quando foi para a revista dos X-Men, os arcos eram tão insossos e pasteurizados que parecia que o autor estava só emprestando seu nome. Talvez, como falei anteriormente, isso tenha sido resultado de uma má edição que podou tanto o autor que o resultado saiu assim, precário. É durante essa fase que ocorreu a saga Sangue de Apocalipse, que transformou Gambit no Cavaleiro da Morte. Totalmente esquecível.


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  1. CHUCK AUSTEN

Este amigo aqui, nós sabemos, é hors concours. Chuck Austen é sinônimo de escritor ruim e já fez parte da nossa lista de os piores escritores que adoramos odiar. Embora tenha gente que goste de suas histórias por elas serem bobas, leves e lembrarem um dramalhão mexicano, esse é realmente o problema de Austen. Suas histórias são rasas e não é isso que o público de X-Men está procurando – embora um dramalhão estilo novela faça bem a qualquer um, mas não só e apenas isso que queremos e precisamos. E olha, que o Chuck Austen durou muito tempo nas revistas X, tendo sido xingado a torto e a direito tanto por fãs como por crítica especializada. Algum arranjo com a Marvel ele tinha. Devia saber algum segredo sujo do Quesada.


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  1. WARREN ELLIS

Warren Ellis nos X-Men é um caso emblemático. Parece que, de última hora, precisavam de alguém para o título Astonishing X-Men e resolveram chamar o Warren Ellis. “Vem cá tu, que tem nome e escreve rápido que precisamos de alguém pra esses babacas comprarem a revista” e também “Pode escrever qualquer coisa mesmo. Teu nome já é suficiente mesmo para vender”. E Ellis escreveu qualquer coisa. O primeiro arco, os X-Men estão às voltas com a Caixa Fantasma, uma espécie de Caixa Materna que os leva para diversas realidades e o vilão é Forge, que morre no processo. No segundo, uma batalha com a Ninhada, em que as cores conseguiram estragar os belos desenhos de Phil Jimenez. Por fim, a minissérie Xenogênese, que lidava com bebês alienígenas mutantes. Santa Tartaruga Ninja! O rocambole da vovó é mais delicioso!


E aí está minha lista com os 10 Piores Grandes Escritores dos X-Men e as razões porque eles estão presentes. E você? Concorda? Discorda? Não deixe de escrever seu pitaco! Até a próxima! Abraços submersos!

 

 

34 comentários

    • Bob Walker diz

      Concordo plenamente. Scott Lobster Brain escrevia verdadeiros dramalhões mexicanos usando os X-men. Mas curiosamente escreveu muito bem na primeira fase da Generation X. Seria influência do Chris Bachalo?

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  1. Guilherme, na parte que você diz que Aaron e Latour não trabalharam juntos no West of East, isso é trabalho do Hikman com outro cara, foi no Southland Bastards,que seria Sulistas Bastardos.

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  2. Boa lista, mas discordo de alguns. O Run do Lemire me agradou bastante, e o do Casey,a apesar de não ter sido bom, teve algumas coisas interessantes, eu trocaria esses dois pela dupla Alan Davis/Terry Kavanaugh, responsáveis pela horrenda Saga dos 12, e Kieron Gillen, que tinha uma ideia maravilhosa com a Equipe de Extinção, mas cujas histórias pediam para ser extintas.

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  3. Defendendo o Joe Casey, ele estava com problemas com drogas quando escreveu X-Men…

    …embora ele também estivesse com problemas com drogas enquanto escreveu um monte de outras coisas boas, para ser justo. Aliás, não sei se não está ainda!

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  4. Glaydson Melo diz

    O Homem de Gelo sendo recomposto pela urina no inferno foi uma das maiores pirações do Chuck Austen. Inesquecível.

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  5. Não li nenhuma dessas histórias. Só ouvi falar. Nem sabia de certos roteiristas (latour, Gischler, Fraction, Lemire) que se envolveram e fizeram tantas… hã… burradas. Não basta ter nome, tem que deixar sua X-marca… mesmo no sentido ruim.

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  6. Sem Scott Lobdell não vale. Esse é o pior de todos.
    Nunca mais reli, mas lembro que qdo li nas mensais, curtia mais as histórias do Joe Casey do que as do Morrison. Tinha um lance dos X-Men mundo afora que eu gostava muito.

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  7. Rogerio Basile diz

    Sou fã das antigas, e também acho a fase do Scott Lobdell a segunda pior (perdendo só pro Chuck Austen, claro). Lembro que era super viciando em X-Men, com saga da Fênix Negra, Saga da Ninhada, Massacre de Mutantes, a fase do Jim Lee (tudo com Claremont escrevendo) de repente… tudo virou um grande novelão, que não ia pra lugar nenhum. Se salvavam as histórias do Fabian Nicieza e o X-Factor, na primeira passagem de Peter David do título. Quando começou a looooooogaaaa e maçante história do vírus legado, dei um tempo (acho que parei logo após a Era do Apocalipse) e só voltei na fase do Grant Morrison. E o Daniel Way tem o toque de midas invertido. Ele consegue estragar qualquer coisa que ele coloque as mãos. Hulk, Motoqueiro Fantasma, Thunderbolts, Deadpool… nunca li uma história decente dele. Outro que deve chantagear alguém bem poderoso lá de dentro…

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  8. E Peter Milligan começou chocando a sociedade burguesa com Gólgota, Emma Frost metendo a tesoura na própria cara, homenagens à familia Manson e Sharon Tate, citações bíblicas… ou: quando os XMen entraram pro selo Vertigo. Mas aí ele tomou um créu bonito do editorial e danou tudo. Uma pena.

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