destaque, fique de olho, História dos Quadrinhos, quadrinhos
Comentários 5

A Evolução do Visual do Lobo

Por falar em gente que adoramos odiar, que tal dar uma olhada nos visuais do Lobo. Se bem que tem muita gente que ama mesmo o Lobo e sua violência desenfreada e que não entendeu a grande ironia por trás do personagem, que mata todo mundo, mas tem um amor sem limites pelos golfinhos espaciais. Luz na passarela, que lá vem ela!

loboomega

Omega Men

No Pré-Crise nas Infinitas Terras, Lobo apareceu pela primeira vez em Omega Men #3 (1983), escrito por Roger Sliver e desenhado por Keith Giffen. Essa sua origem se dá não no planeta Czárnia, mas no planeta Velórpia, que desde então estava envolvido com  uma guerra contra a raça alienígena dos Psíons. Nessa primeira aparição, Lobo usava uma roupa fúcsia com ocre e suas roupas não mostravam elementos punks. Sua moto era mais tecnológica e menos parecida com uma Harley Davidson.


lobolegion

L.E.G.I.Ã.O.

No pós-Crise é que foi definida sua origem Czarniana, ele era o último desse povo, a quem matou um a um incluindo seus pais e irmãos. Sua violência se tornoui exagerada e ele foi retratado como uma espécie de paródia do conceito de anti-herói: violento, sem limites e totalmente amoral. Esse fundo satírico foi obra de Keith Giffen que trouxe o personagem de volta para um arco de quatro histórias na Liga da Justiça cômica. Entretanto, o sucesso do personagem foi tão grande que Giffen o encaixo no título L.E.G.I.Ã.O. uma espécie de precursora da Legião dos Super-Heróis nos tempos presentes. Na história, Lobo é obrigado por Vril Dox, o líder da L.E.G.I.Ã.O. a participar da equipe.


loboczarnia

Lobo: O Último Czarnizano; Lobo vesus Papai Noel; Lobo Morre e Vai Pro Céu

Algumas minisséries se seguiram e marcaram a carreira de Lobo. O seu visual mais conhecido foi marcado por essas minisséries acima. Jaqueta de couro, corrente e gancho, botas de couro de cano alto, motocicleta espacial com caveira na frente. Seu visual foi inicialmente inspirado no grupo de rock Kiss. Atualmente, houve uma pequena reformulação em seu design após a minissérie Lobo Sem Limites, inspirada no roqueiro Rob Zombie. Foi após essa minisséries e alguns crossovers que Lobo ganhou sua série própria que durou 64 edições.


loboduck

Lobo, The Duck

Esse personagem era uma fusão dos personagens Lobo, da DC Comics e Howard, o pato, da Marvel Comics. Essa história fazia parte do selo Amálgama, que fundia os dois Universos num só. O selo Amálgama fez parte de uma série de crossovers publicados na década de 90, entre as duas grandes editoras de quadrinhos de super-heróis. Nele, Lobo enfrenta Wolverine. Os fãs votaram para saber quem venceria a treta. O vencedor foi Wolverine. Sorry, bitches!


Lobinho e Slobo

Lobinho era uma versão adolescente de Lobo, que havia sido regredido a essa idade nas histórias da Justiça Jovem, de Peter David entre 2000 e 2002. Naquela época estreou a minissérie Lobo: Sem Limites, que retomava o vilão à idade adulta. Então Peter David criou o Slobo, que seria um clone adolescente e defeituoso de Lobo.


Novos 52

O visual do Lobo nos Novos 52 causou uma polêmica enorme entre os fãs, que ainda não aceitam essa versão do personagem. Com listras azuis pelo corpo, torso mais longilíneo, cabelos curtos e duas facas alienígenas, esse Lobo foi comparado com o movimento emo. Vale lembrar que a versão antiga do Lobo já havia aparecido nos Novos 52, mas a nova versão matou-o dizendo que se tratava de um impostor. Essa nova versão do Lobo apareceu pela primeira vez em Justice League #23.2, durante o evento Vilania Eterna. Uma nova série com esse novo Lobo estreou em outubro de 2014 e se encerrou um pouco mais de um ano depois.


Rebelde Sem Calça

Mas, para encerrar com todas as polêmicas, aí está a versão do Lobo que eu mais curto:

biteme

por

Guilherme “Smee” Sfredo Miorando nasceu em Erechim em 1984. É Mestre em Memória Social e Bens Culturais, onde pesquisa quadrinhos e sexualidades. É especialista em Imagem Publicitária e bacharel em Publicidade e Propaganda. Ministra aula de quadrinhos e trabalha com design editorial e roteiros. Já trabalhou em museus e com venda de livros e publicidade. É pesquisador associado do Cult de Cultura e da ASPAS (Associação de Pesquisadores em Arte Sequencial). Faz parte do conselho editorial da Não Editora. Co-roteirizou o premiado curta-metragem Todos os Balões vão Para o Céu. Seu livro de contos Vemos as Coisas como Somos foi selecionado pelo IEL-RS em 2012. A partir de 2014, publicou ao menos um quadrinho independente por ano. Loja de Conveniências, sua primeira narrativa longa foi lançada em 2014. Em 2015 participou da coletânea de HQs LGBT Boys Love. Em 2017 colaborou com o quadrinho A Liga dos Pampas de Jader Corrêa, que explora mitos gauchescos. Também lançou Desastres Ambulantes em parceria com Romi Carlos, um quadrinhos sobre segunda guerra mundial e OVNIs, que foi selecionado pelo edital estadual PROAC/SP. Em 2017, publicou Abandonados Pelos Deuses: Sigrid, com Thiago Krening e Cristian Santos e também Fratura Exposta: REDUX com Jader Corrêa. Também escreve os roteiros para os super-heróis portoalegrenses Super Tinga & Abelha-Girl. Mantém o blog sobre quadrinhos splashpages.wordpress.com há mais de 10 anos.

5 comentários

  1. Smee, você chegou a ver o Lobo no Injustice Ultimate Edition (do PS4)? Ficou um personagem adorável (se bem que é difícil você colocar “Lobo” e “adorável” na mesma frase).

    Curtir

  2. Pingback: Quando os Personagens Escapam das Intenções dos Seus Criadores – Splash Pages

Deixe um comentário, caro mergulhador!

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Saiba como seus dados em comentários são processados.