Todos os posts com a tag: editora abril

Super-Heróis Que Já Visitaram o Brasil

Com a vinda de Conan para o Brasil em uma das últimas edições de Savage Avengers com o intuito de libertar escravas sexuais em Porto Alegre, resolvemos trazer para vocês uma listinha com alguns outros super-heróis que já visitaram as terras tupiniquins. Adiantadamente já pedimos desculpas se deixamos alguém de fora, afinal não lemos todas as revistas de super-heróis do mundo. Mas podemos lembrar de algumas vindas memoráveis de super-heróis para o Brasil que trazemos nesta lista para vocês, mergulhadores. Comprem suas passagens para visitar as maravilhas do Brasil junto com nossos amigos super-heróis!

CONAN EM PORTO ALEGRE
Isso aconteceu na segunda edição de Savage Avengers. Conan, que está perdido em nosso tempo, despertou na Terra Selvagem, um bolsão de terra pré-histórica no meio da Antártida. Assim, ele foi atravessando o continente sul-americano a pé,até chegar a Porto Alegre, onde em uma boate foi servido por belas mulheres. Então percebeu que as belas mulheres não o faziam por vontade própria mais eram escravas sexuais o que desperta a ira de Conan, que parte para o quebra-pau. Engraçado que nas histórias dos anos 1970, escravas sexuais nunca revoltaram o cimério. Mas, né, eram tempos em que isso “podchya”. Aff…

BATMAN NO RIO DE JANEIRO
Em 1993 foi lançado pela Editora Abril um encadernado chamado Batman no Brasil, um arco de quatro histórias escritas por Peter Milligan e desenhadas por vários desenhistas clássicos do morcego. O Batman vem ao Brasil para capturar a Dama de Copas, uma mulher que vem enlouquecendo várias pessoas ao longo de sua “carreira”. Ele também enfrenta, aqui no Brasil, um vilão chamado O Idiota, o que diz muito sobre o que os gringos pensam sobre nós. Como não poderia bastar isso, Batman também se alia a um traficante de drogas para atingir seus objetivos. Aqui também o Brasil, como em Conan, é retratado cheio de florestas para tudo que é lado, não importa se estejamos na cidade ou no campo.

WOLVERINE NO RIO DE JANEIRO
Nesta esquecível história do mutante carcaju que pode se curar automaticamente, Wolverine vem ao Brasil, mais especificamente, ao Rio de Janeiro, atrás de um vampiro. Por isso, esse especial, publicado pela Pandora Books se chama Wolverine: Rio de Sangue, aqui no Brasil. Durante a história, Wolverine se embrenha em uma festa de carnaval e dá de cara com diversos homens vestidos de mulher e com travestis. Então faz algum comentário engraçadinho e continua a caçada. Bem esquecível, como falei.

CABLE NO RIO DE JANEIRO
Cable vem para o Rio de Janeiro durante a fase escrita por Darko Macan e desenhada por Igor Kordey. A história foi publicada aqui no Brasil em uma revista Wizmania. Nela, Cable precisa impedir uma máfia que põe mutantes para brigar feito galos de rinha e que fazem apostas por suas vidas. Cable, então, consegue salvar um menino brasileiro com poderes elétricos e pedir sua ajuda ao se infiltrar no sistema de apostas.

OS X-MEN: PRIMEIRA CLASSE EM FOZ DO IGUAÇU
Os X-Men vieram para o Brasil pela “primeira vez” durante a fase First Class, que reconta as histórias e aventuras inéditas da primeira turma de mutantes do professor Xavier, escritas por Jeff Parker e desenhadas pelo, claro, brasileiro Roger Cruz. Os X-Men aportam no aeroporto Afonso Pena em São José dos Pinhais com destino a Foz do Iguaçu. Lá, no meio das cataratas, eles encontram uma civilização perdida de mutantes. Ao ver o Anjo, uma menina lasca-lhe um beijaço “É assim que cumprimentamos os turistas por aqui”, diz a brasileira. Oloko, bicho! Uma brasileira dessas!

OS NOVOS MUTANTES NO RIO DE JANEIRO E NA AMAZÔNIA
A primeira vez que os Novos Mutantes vem ao Brasil acontece logo na história de formação da equipe, quando, unidos, os jovens mutantes precisam impedir que o Clube do Inferno assassinem o pai e a namorada de Roberto da Costa, o Mancha Solar. Mas eles acabam falhando. Mais tarde, os Novos Mutantes retornam ao Brasil, com o intuito de ir à Nova Roma, um enclave amazônico de pessoas que acreditam serem os descendentes diretos dos romanos e, por isso, resolveram viver como tais. Lá, eles encontram Amara Aquilla, a Magma, dona de poderes vulcânicos. Amara acaba se tornando integrante da equipe dos Novos Mutantes. Depois dessas aventuras, eles retornam algumas vezes para cá, mas nenhuma com tanto destaque como essas duas.

Você pode conferir mais sobre a primeira vinda dos Novos Mutantes para o Brasil neste link.

WOLVERINE EM FORTALEZA
Na graphic novel feita por franceses Wolverine: Saudade, o mutante canadense vem mais uma vez para o Brasil, mas desta vez para a capital cearense de Fortaleza. Lá, ele participa de festejos a Iemanjá enquanto combate uma gangue de mutantes que usam crianças como escravas através de seus poderes. Com uma ajudinha de Iemanjá, ou seria Iara? Ou Nossa Senhora dos Navegantes? Wolverine consegue desbaratar o esquema e ainda enviar um dos meninos, Xexéu, para a Mansão Xavier.

ANJO E MÍSTICA EM RECIFE
Sim, os mutantes da Marvel costumam vir para o Brasil muito mais do que qualquer outros super-heróis, não é mesmo? Desta vez o Clube do Inferno e os X-Men estão disputando para saber quem vai tutorar uma nova mutantes das praias de Recife, praias, estas, famosas por suas águas cheias de tubarões. A mutante em questão, Iara dos Santos, possui exatamente o poder de se transformar em tubarão. No fim da disputa, o Anjo acaba levando a melhor e levando Iara para os X-Men, onde assume o codinome de Menina-Tubarão. Nas histórias brasileiras, Iara costuma exclamar “Oxe!”, como uma boa nordestina.

AQUAMAN NA AMAZÔNIA
Aquaman já teve uma equipe secreta. Uma equipe que ficou responsável por ser guardiã e usufrutuária de diversos amuletos da mitologia atlante. Uma destas pessoas é a indígena Ya’Wara, uma silvícola brasileira, que possui um colar atlante que é capaz de teleporte. Ela também possui duas panteras negras de estimação. Foi criada por Geoff Johns e o brasileiro Ivan Reis para o arco Aquaman e Os Outros. Os Outros é o nome da equipe que possui os artefatos atlantes. Quando precisou da ajuda de Ya’Wara, muitos anos depois de terem se encontrado, e enamorado, pela primeira vez, Aquaman retornou às florestas equatoriais da Amazônia para pedir ajuda à sua antiga aliada.

Eae, que tal? Se lembra de mais heróis que vieram para o Brasil? se lembra, não deixe de comentar! Vamos ampliar essa lista! Abraços submersos na bandeira alviverde!

Uma Equipe Para Chamar de Sua. Batman e os Renegados, de Mike W. Barr e Jim Aparo

Talvez os Renegados não seja a mais famosa equipe de super-heróis da editora DC Comics, nem aquela que conta com os super-heróis mais populares, mas certamente ela possui uma certa importância no panteão da Editora da Lendas. Isso porque é através dela que o Batman pela primeira vez rompe com a Liga da Justiça para formar uma equipe de heróis só sua e que, de forma certeira, batizar de The Outsiders, os estigmatizados, os deixados de fora, os fora-da-lei, aqueles que se encontram à margem de tudo. Não por acaso a equipe contava com um integrante negro, uma japonesa, um metamorfo e uma menina louca. Mais tarde iria se juntar a eles também um expatriado, um refugiado. Ah sim, e tinha o Batman que não é nem um coisa e nem outra. Vamos saber um pouco mais sobre a equipe Batman e os Renegados?

Bem Mais “Sagas Definitivas” da DC Comics pela Eaglemoss no Brasil

Que a Editora Eaglemoss vêm publicando diversos materiais na sua coleção de graphic novels da DC Comics, você deve estar sabendo, correto? Mas talvez você não tenha dado uma atenção maior à coleção irmã a esta, que publica as “Sagas Definitivas” da DC Comics no Brasil.Claro, o preço é maior, mas o custo benefício, no final das contas fica mais aproveitável do que manter a coleção principal. E tem muita coisa legal e material inédito ou que fazia muito tempo que não era publicado no Brasil. Neste post vamos falar um pouco mais sobre essa expansão da coleção “Sagas Definitivas” da DC Comics pela Editora Eaglemoss. 

Guia de Leitura: Mulher-Hulk

“O nome dela é Jennifer, encontrei ela na Disney!” Isso mesmo, gente! Nossa querida Jennifer Walters, a Mulher-Hulk está migrando para o streaming da Disney, o Disney+. Eu adoro as histórias desta personagem e, se você está querendo saber mais sobre a mulher verde, advogada e prima do Hulk, a hora é agora. Criamos um Guia de Leitura para você acompanhar as principais histórias da Mulher-Hulk ao longo dos tempos, desde sua criação por Stan Lee em 1980. Assim quando o seriado da verdona chegar às telinhas na sua casa, você já pode saber o que esperar! Venha conosco e ordem no tribunal!

Super-Gay: A Revista com Super-Heróis Homossexuais da Grafipar

Conforme prometemos, hoje vamos falar de uma polêmica produção da Editora Grafipar, de Curitiba, feita nos anos 1980. Hoje vamos falar de Super-Gay número um, uma revista que misturava paródias de super-heróis e… hum… homossexualidade. Mas como será que essa homossexualidade destes super-heróis era evidenciada nas histórias da revista? Contra quem nossos supers gays lutavam? E as lésbicas, como apareciam? Pessoas trans, havia? Quem eram os protagonistas? Quem produziu essa revista? E porque uma revista que, segundo os editores, estava fadada ao sucesso teve de interromper sua publicação no seu primeiro número? Você irá saber tudo isso neste post. 

10 Loucas Histórias do Mês do Editor Assistente na Marvel

Era janeiro de 1984 e, segundo, a Marvel, os editores principais de suas revistas haviam ido a uma convenção de quadrinhos e deixaram o fechamento das edições para os editores assistentes. Mas deixar os assistentes, os estagiários, na incumbência de cuidar das revistas da editora poderiam resultar grandes catástrofes. E foi o que aconteceu – de brincadeirinha, é claro! – muitas coisas loucas aconteceram naquele primeiro mês do ano de 1984 nas revistas da Marvel Comics. Neste post nós vamos falar de algumas delas e como os “editores assistentes” fizeram para trazer loucas histórias para essas revistas que os editores principais jamais teriam aprovado!

Um Balanço do Conteúdo das Coleções da Salvat Após Seu Encerramento

Em abril de 2019, a Editora Salvat que vinha publicando diversas coleções de encadernados capa dura da Marvel Comics anunciou o encerramento abrupto de todas as suas coleções relacionadas à Casa das Ideias. Por determinado tempo foram quatro coleções simultâneas nas bancas, quinzenalmente, por preços próximos aos 50 reais. Isso provocou diversas reações por parte dos consumidores. Agora, chegando ao derradeiro momento, até então, desta coleções, trazemos um balanço sobre o conteúdo inédito trazido ao Brasil pela Editora Salvat e sobre republicações de coisas já consumidas pelos brasileiros. Vamos falar de coleções que ficam bonitas na estante e formam um pôster para você poder comprar todas? Vamos!

A Autocensura nos Gibis da Marvel Pela Editora Abril

Que os gibis sofriam censura pela ditadura militar, você já deve saber, correto? Mas mesmo quando acabou o período militar no Brasil, a Editora Abril continuava a autocensurar suas revistas em quadrinhos. Isso acontecia principalmente aquelas que vinham com conteúdo mais adulto, vindo na pegada de publicações como o Monstro do Pântano de Alan Moore na DC Comics. Mas nem a Marvel permanecia incólume à necessidade de pregar a “moral e os bons costumes” nas publicações da editora paulista da família Civita. Algumas publicações foram picotadas ou imagens foram simplesmente limadas dos fotolitos para satisfazer essa necessidade de passar uma boa imagem com suas publicações. É sobre algumas delas que vamos falar agora.

Destaques do Checklist Marvel/ Panini Comics Para Abril de 2019

Chegou a hora de comentarmos sobre os destaques selecionados por nós do checklist da Marvel na Panini Comics para Abril. Panini para Abril. Que confusão de editoras. Duas editoras que caíram na desgraça do público. Duas editoras que se deram mal ao não darem ouvidos aos leitores. Duas editoras com editores que querem desmandar no mercado ao seu bel-prazer, impondo publicações luxuosas e dando de ombros para a batelada de erros que cometem, sem ouvir o que mais interessa: quem vai comprar. E isso se alguém ainda está comprando quadrinhos da Panini, porque muita gente veio reclamar comigo que nem comprar está conseguindo. Tipo: não tem nem a opção de comprar ou não, porque não tem disponível. Decepcionante. Segue o checklist de abril:

A Piada Sem Sal: Quando o Zé Carioca Parodiou o Batman

A Piada Mortal é uma das histórias mais clássicas do Batman. Em 1995, a Editora Abril criou, a partir de sua produção nacional de quadrinhos originais Disney, uma paródia desta história estrelada pelo Zé Carioca. Na verdade não exatamente o Zé Carioca, mas seu alter-ego super-heróico, o “Morcego Verde”, uma espécie de Batman mas que é um papagaio carioca caloteiro. Essa história farsesca foi publicada mais uma última vez pela Editora Abril em 2016 e é sobre ela que vamos falar neste post. Sigam nos os positivados e os negativados no SPC!

Anos de Chumbo, Punhos de Aço, Ditadura de Ferro: A Revista do Punho de Ferro Pela Bloch Editores

A história das adaptações dos quadrinhos gringos para as bancas brasileiras tem lá as suas histórias bizarras. Desde a mudança das cores do uniforme do Fantasma pela RGE até os inúmeros cortes feitos pela Editora Abril na famigerada publicação de Guerras Secretas, da Marvel, no Brasil. Danny Rand, o Punho de Ferro, criado na exploração dos filmes de kung-fu dos anos 1970, também não escapou destas atribulações. O fato é que quando ele chegou no Brasil, nosso país sofria uma pesada ditadura militar que fazia com que os jornais trocassem notícias que falavam mal do governo por receitas de bolo. Isso também acabou afetando os quadrinhos, mais precisamente nosso querido Danny Rand. É agora que vou explicar para vocês como isso aconteceu.

Melhores e Piores Leituras de Março de 2019

Batemos mais um recorde! Um recorde próprio, claro! Mas se no mês passado tivemos cinquenta quadrinhos e/ou livros sobre quadrinhos resenhados, este mês nós temos 52 quadrinhos! Isso mesmo OS NOVOS 52!!! A DC Comics e o Dan DiDio curtiram muito isso, mas principalmente esse número cabalístico que apresentamos para vocês! Que coisa… Mas nem tudo são Novos Deuses neste mundo… Também temos Apokolips… Então temos uma boa dose de leituras ruins e radioativas para você evitar a todo custo. Ligue suas caixas maternas e vamos nos transportar para esse mundo das mini resenhas!

Melhores e Piores Leituras de Fevereiro de 2019

Cinquenta! Cinquenta, caros mergulhadores! Temos cinquenta miniresenhas de quadrinhos e de livros sobre quadrinhos de diversos tipos neste mês de fevereiro. Com certeza um recorde! Nem um (ou nenhum) site que é mantido por diversas pessoas traz esse número de minirresenhas para vocês por mês! E esse aqui, na prática, é mantido apenas por um (com algumas colaborações bem esporádicas). Então, sente-se num lugar bem confortável que tem muito muito muito texto para ser lido a seguir e muitos quadrinhos (bons e ruins) para você chegar (ou não) a uma conclusão sobre eles!

(MUITOS) Destaques do Checklist DC Comics/ Panini Comics Para Fevereiro de 2019 e Um Esperneio Necessário

Foi só reclamar da demora dos checklist que, pluft!, eles apareceram. Ótimo! Então aqui estamos com mais um checklist da DC Comics pela Panini Comics. Temos bastante novidades noas lançamentos, mas a novidade ruim é que os preço continuam aumentando e aumentando! Muita gente tem relatado que está ficando difícil de acompanhar as revistas de linha por causa dos reajustes radicais que a Panini vem fazendo, mês a mês, uma surpresinha para nós, leitores. E o serviço continua a mesma porcaria de sempre, ou pior, cheio de erros e sinais de preguicite editorial. Justificativa? O leitor não tem alguma sequer. E vamos aos destaques de fevereiro antes que você comece a chorar.

Guia de Leitura: Capitã Marvel

Caros leitores e leitoras do Splash Pages, estão empolgados com o filme que vem aí da Carol Danvers, a Capitã Marvel? A primeira heroína da Marvel a ganhar um filme live-action solo? Mas se você pensa que Carol Danvers surgiu faz pouco tempo na cronologia da Marvel, bem, você está redondamente enganado. Ela anda pela Casa das Idéias desde o seu comecinho, nos anos 60, quando figurava como interesse de Philip Lawson, o Capitão Mar-Vell, dos kree. Nesse meio tempo ela foi próxima de pessoas como James Howlett, o Wolverine e Ben Grimm, o Coisa. Bem como serviu de ombro amigo para Tony Stark, o Homem de Ferro e também foi membro dos Vingadores e dos Piratas Siderais. Não é muito fácil travar um Guia de Leitura para ficar por dentro das histórias da Carol. Mas tem o que vocês não me pedem sorrindo que eu não faço chorando? Sejam bem-vindos ao Guia de Leitura da Capitã Marvel!

Os Melhores Quadrinhos da Marvel Que Li em 2018

Chegou agora a vez da Casinha da Ideiazinhas (copiadas ou não, mas sempre relevantes), ter revelados os melhores quadrinhos que li no ano que passou. Vou fazer aqui nesta lista mais ou menos da mesma forma que fiz na lista da Distinta Concorrência: falar em geral de séries que tiveram mais de um encadernado publicado em 2018. Aqueles encadernados únicos, então, vou falar unicamente deles, tá certo? Bom, então esses eram os avisos iniciais antes da leitura da lista. Agora, senhoras e senhores, ladies and gentlemen, a dona lista:

Os Melhores Quadrinhos da DC Comics Que Li em 2018

Os Melhores Quadrinhos da DC Comics Que Li em 2018

Agora chegou a vez de falarmos das melhores leituras que fiz dos quadrinhos da Editora das Lendas, a DC Comics, no ano que passou. Claro, tem muita coisa saudosista da coleção da Eaglemoss, mas confesso a vocês que foi a primeira vez que li tudo isso, então, para mim, é novo. Temos os quadrinhos da linha da Hanna-Barbera e também temos vários encadernados do Renascimento DC, todos eles juntos sob o título do personagem que fez bonito em 2018. Assim, mesmo que esse personagem tenha tido mais de um encadernado no ano passado, falarei deles em geral, ok? Belezinha, agora corra que nem o Flash para ler essa lista!

O BRAVO E O AUDAZ: OS DONOS DA SORTE, DE MARK WAID E GEORGE PÉREZ
Este ótimo e encantador encadernado compila os seis primeiros números da série O Bravo e o Audaz, um título que homenageia o vicinal gibi da DC Comics. Nele estrearam os Jovens Titãs, a Liga da Justiça, o Gavião Negro, o Esquadrão Suicida, entre outros. E o legal é que a história de Waid e Pérez dá um gostinho das histórias daquele tempo, mas com diálogos e ritmo da atualidade. É uma junção de elementos muito usados nas revistas daquele tempo: muita ficção científica misturada com pseudo-ciência, como magia tecnológica, viagens no espaço sideral e no tempo. Tudo isso, claro, reunindo muitos heróis do panteão da DC, em uma leitura aventuresca e estimulante. Os desenhos detalhadíssimos de George Pérez são um deleite à parte. E ainda temos nesse encadernado a participação de um personagem vindo lá da série Sandman, de Neil Gaiman. Como não amar algo assim, hein? Me diz!

Conheça mais sobre a trajetória do título O Bravo e o Audaz na DC Comics.

JUSTIÇA JOVEM: UMA NOVA LIGA, DE PETER DAVID E TODD NAUCK
A Justiça Jovem é uma das equipes mais divertidas da DC Comics (que Liga da Justiça Internacional o que), talvez é por isso que o desenho da Justiça Jovem faça tanto sucesso. Boa parte desse mérito e da revista ter durado mais de 50 edições (só sendo cancelada para se fundir com Titãs), é do escritor Peter David. Ele consegue deixar a história de três adolescentes pirados: Robin, Superboy e Impulso e os demais que se juntam a eles, inteligente e interessante, bem como de dar boas gargalhadas. Os desenhos de Todd Nauck são certeiros. Eles conseguem emprestar o exagero e caricaturização de Humberto Ramos, mas ao mesmo tempo não desliza na anatomia e na proporção como faz o desenhista mexicano. Realmente é uma pena que no Brasil só tenham saído três histórias da equipe pela Editora Abril e, agora, pela Eaglemoss as sete iniciais. Com o ressurgimento do desenho da Justiça Jovem, essa fase inicial deveria ser explorada novamente. Mas eu sei que você sabe e eu sei que você sabe que é difícil de dizer… e de acontecer…

Leia uma resenha da nova primeira edição de Justiça Jovem escrita por Brian Michael Bendis.

FLASH: NASCIDO PARA CORRER, DE MARK WAID, GREG LAROCQUE E VÁRIOS OUTROS
Para quem não sabe, Nascido Para Correr é o equivalente ao Ano Um do segundo Flash, Wally West, o meu Flash preferido. Um dos motivos para essa predileção são os roteiros de Mark Waid, que redefiniu o Flash para toda uma geração, mostrando que o “Flash que vale” é Wally e não Barry. Esse encadernado é carregado daquela nostalgia pela Era de Prata, mas contada de uma maneira atual. Os desenhos de LaRocque, aqui, lembram os de John Byrne, embora, ao longo da série, ele tenha relaxado no seu estilo. A empolgação de Wally West com o Flash e sua não-desconfiança de que seu tio chato e certinho, Barry Allen é o seu super-herói adorado, bem como sua parceria e confidência com a tia Iris West são os grandes elementos da história. Esta, também funciona como uma jornada do herói, em que Wally vai aprender muito sobre sua imprudência e impetuosidade. Completam o encadernados duas historinhas curtas retiradas de especiais e uma história dos anos 60, quando Wally estreia seu uniforme novo. É incrível a virtuose dos desenhos de Carmine Infantino, que lembra um Alex Raymond nessa história do passado escrita por John Broome. Enfim, Nascido Para Correr é um encadernado em que se aproveita 100%.

CORRIDA MALUCA, DE KEN PONTAC E LEONARDO MANCO
Eu havia lido a primeira edição de Wacky Raceland em scan e em inglês e havia achado bem bobinha. Não sei porque cargas d’água resolvi comprar o encadernado em português. (Tinha cá pra mim que havia lido todo o encadernado, mas não tinha). E, meninos, gostei mesmo! Achei muito legal que ele trabalha um mundo pós-apocalíptico e explica porque aquele mundo se tornou assim. Também explora o passado de cada competidor da Corrida Maluca em flashbacks bem ao estilo da série LOST. Então que é bem interessante conhecer o passado dos personagens e as suas motivações, entender porque – uma coisa que o desenho nunca explica – eles estão correndo e para onde estão correndo. Isso sem falar nos visuais criados por Leonardo Manco tanto para os personagens quanto para os veículos que estão competindo, que deixam a série ainda mais interessante. Sem dúvida, dos quadrinhos repensados das revistas da Hanna-Barbera pela DC Comics, a Corrida Maluca foi a que teve as alterações mais radicais, mas nem por isso piores. Tem sido bem interessante acompanhar essas releituras da Hanna-Barbera, apesar de que ainda não tive coragem de pegar pra ler o Scooby Apocalypse!

BATMAN & ROBIN: A BUSCA POR ROBIN, DE PETER J. TOMASI, PATRICK GLEASON, ANDY KUBERT, MICK GRAY, DOUG MAHNKE E OUTROS ARTISTAS
Arrisco dizer que esse é o Batman que eu gosto, dentro das inúmeras versões que existem dele. Quem me conhece sabe que eu odeio o Batman. Nessa versão, ao menos, ele se digna a esboçar sorrisos e o que desperta isso é o seu cuidado paternal com o seu filho Damian, o novo Robin. Neste encadernado, Bruce Wayne move mundos e fundos para recuperar os corpos de seu filho, Damian e da mãe dele Tália Al Ghul, sequestrados pelo terrível avô do menino, Ra’s Al Ghul, o Cabeça do Demônio, que pretende reviver os dois através de seus Poços de Lázaro. Mas esse confronto é só a primeira parte deste encadernado de 500 páginas. Na segunda parte dele, Batman e seus aliados vão até o planeta Apokolips, de Darkseid, para resgatar o menino. O resultado é que Damian Wayne não só é revivido, como adquire poderes do nível do Superman. Tomasi, Gleason e companhia encerram essa fase do título de maneira soberba, trazendo uma aventura incrível, divertida, empolgante e emocionante. Bruce e Damian Wayne, nessa fase dessa revista são, com certeza a dupla de pai e filho que eu adoro odiar e me emocionar com as suas desventuras um pelo amor do outro.

OS FLINTSTONES, VOLUMES 1 E 2, DE MARK RUSSELL E STEVE PUGH
Quem imaginaria que uma nova visão sobre a “família moderna da Idade da Pedra”, com suas personagens tão arraigadas aos anos 40 e 50, quando os Flintstones foram criados iriam compor uma crítica social tão bem feita e tão ácida? Bem, eu não. tanto que no começo tive um certo nojinho da revista, achando que ia continuar aquela chatice dos desenhos animados. Mas tive de dar o braço a torcer e acabei por curtir muito. Os dois volumes de doze edições de Os Flintstones em nada tem a ver com a Idade da Pedra e sim aos costumes atuais, mas que passam pelos cérebros de homens primitivos. Isso é o que nós parecemos mesmo às vezes, à frente de novas tecnologias e novos costumes.Como os homens primitivos ainda não dominamos bem o que é política, o que é economia e para que, realmente serve a religião e a arte e que lugares tudo isso têm na nossa sociedade. Por isso, Os Flintstones foi uma das melhores leituras que tive ano passado e que nos faz refletir o quanto estamos avançando ou regredindo enquanto sociedade. Ou pior: o quanto somos parecidos com os nossos antepassados da Idade da Pedra.

Leia uma resenha completa do primeiro volume de Os Flintstones neste link.

LIGA DA JUSTIÇA INTERNACIONAL, DE J. M. DEMATTEIS, KEITH GIFFEN E KEVIN MAGUIRE
A liguinha! A Liga Cômica! Neste caso são os primeiros números desta fase hilária do trio DeMatteis, Giffen e Maguire, que se distanciaram muito da imagem que as pessoas tinham de uma Liga da Justiça e nos brindaram com personagens extremamente bem construídos. São dois encadernados publicados pela coleção DC Comics da Eaglemoss. E quando eu falo bem construídos é uma construção que nos faz chorar hoje em dia com esses personagens hiper pasteurizados que as histórias em quadrinhos de super-heróis trazem. É muito bom ver personagens tão diversificados quanto Batman, Guy Gardner e Shazam se estranhando e mostrando como são construídos os seus conceitos e pré-conceitos. Mas a liguinha não fica só em personagens, ela tem enredos muito bem estruturados. São cheios de aventuras e intrigas de espionagens e órgãos governamentais muito típicos da Guerra Fria, época em que a revista foi orquestrada. Essa revista faz falta, mesmo pra quem, como eu, não a acompanhou nos formatinhos.

BATWOMAN, DE JAMES TYNION IV, MARGUERITE BENNETT, E VÁRIOS ARTISTAS
Batwoman é uma ícone LGBT certamente, porque foi uma das poucas heroínas desta categoria que conseguiu ter uma revista solo de quase 50 edições. Se somadas todas as edições da Batwoman, elas ultrapassam a meia centena. Coisa que poucas mulheres heroínas conseguem. Além de ícone, Batwoman é um marco e que fica longe das reclamações de “lacração” dos conservadores rançosos repetidores e vomitadores do mesmo discurso sem inspiração. Com inspiração são as histórias feitas na fase Renascimento DC, que inserem novos elementos para a mitologia da personagem, como uma ilha governada por e para contrabandistas e um novo antigo relacionamento para Kate Kane, que volta a assombrar no presente. Uma pena agora estamos indo para o terceiro e último volume desta sensacional fase da mulher-morcego.

EXTERMINADOR, DE CHRISTOPHER PRIEST, JOE BENNETT, DIÓGENES NEVES, CARLO PAGULAYAN E VÁRIOS ARTISTAS
Considero esta a mais bem arranjada série do Renascimento DC, principalmente se levarmos em conta o que veio antes nessa mesma série. Foi uma guinada radical nos roteiros (e na arte, se levarmos a participação de Rob Liefeld em conta), criando momentos tensos e densos na vida e nos relacionamentos de Slade Wilson, principalmente com seus filhos Rose e Jericó. A cada encadernado, mesmo aqueles que trazem crossovers com personagens com diferentes conotações e alinhamentos comparados com o Exterminador, somos levados a experimentar de intrigas, de frieza, de flashbacks do passado de um puro soldado militar que não tem tempo para manifestar sentimentos por ninguém, a não ser por dinheiro. Mesmo com o Exterminador não tendo sentimentos por ninguém, nós até conseguimos, bem ressabiados, fazer crescer algum por ele, nem que seja a desconfiança e a esperança que ele está escondendo algo e que o que ele faz está imbuído de algum amor subverso e perverso pelos que o cercam. E por isso essa HQ é tão sensacional. Nos faz acompanhar um personagem que ninguém gostaria de ter como amigo. bela façanha, não?!

BATMAN DO FUTURO, DE DAN JURGENS, BERNARD CHANG, MARCELO MAIOLO, PHIL HESTER, ANDE PARKS E VÁRIOS ARTISTAS
Uma das melhores séries de acompanhar do Renascimento DC tem sido Batman do Futuro. Ela vem num crescendo de enredos bem entrelaçados e com subtramas que vão se abrindo e se fechando no passar dos encadernados. Diferentes de outras séries boas do Universo DC Renascimento como Novo Super-Man, Batwoman e demais que acabaram canceladas, esta, como tem Batman no nome e Bruce Wayne nas histórias, ainda se mantém firme e forte no line-up da editora das lendas. Pelo menos dessa vez um batnome faz com que uma série gostosinha e querida continue em pé. Uma coisa que me causou estranheza neste último encadernado foi a substituição de Bernard Chang pela dupla Phil Hester e Ande Parks. Mas depois é que fui me dar conta que era para aproximar o visual da série com o estilo animated do desenho animado. Quem não está acompanhando a série do Batman do Futuro está perdendo aventuras de primeira. Diversão na certa!

E então, DCnautas?! Concordam? Discordam? O que leram de bom da DC Comics no ano que passou. Deixe os seus comentários logo abaixo!

A Comic Con Experience e os Reflexos da Crise Editorial

A CCXP é, sem nenhuma dúvida, a maior celebração dos nerds do planeta. Tem espaço para todo mundo e, para os artistas que têm a honra de participar dela, é o evento de quadrinhos mais lucrativo do ano. O Artists Alley, este ano, alcançou o recorde de mesas, com mais de 500 artistas divulgando e vendendo os seus trabalhos. Por outro lado, outra grande falta foi sentida: a de sebos, livrarias e editoras. Um evento deste porte, certamente é um reflexo da realidade do consumo do público nerd brasileiro. A ascensão do espaço independente e a diminuição do espaço mainstream seriam reflexos do nosso momento de consumo de produtos editoriais voltados ao público nerd? Vamos analisar essas possibilidades a partir da Comic Con Experience.