Mês: julho 2008

2001

Com muita satisfação minha coleção (e do meu irmão) de quadrinhos atingiu hoje os 2001 exemplares. Isso, claro, sem contar nossos gibis importados, da Turma da Mônica e da Disney. Alguns dados da minha coleção. Editora – A editora que temos mais revistas é a Abril, com 972, seguida de perto pela Panini com 833. A próxima vem longe, que é a Mythos, com 45 edições. Licenciadora – É a Marvel que vem bem na frente com 1443 revistas, depois vem a DC com 346 e em terceiro, mais longe, a DC (Vertigo) com 52 edições. Categoria – 1458 revistas periódicas, 308 minisséries, 151 edições especiais, 45 edições encadernadas, 29 álbuns de luxo e 10 graphic novels. Gênero – Que dúvida! 1848 são super-heróis e em segundo lugar, alternativo com 50. Como bom Zumbis X, temos completas as coleções de X-Men, Fabulosos X-Men, Wolverine e Fator X (da Abril) e de X-Men, X-Men Extra, Arma X e Wolverine (pela Panini). Também temos completas Força PSI, Shazam!, Melhores do Mundo, Gen13 e WildC.A.T.S., Marvel 1999, Marvel …

Zan, Jayna e Gleek. Novas versões de sidekicks para os SuperAmigos, diretamente de Space Ghost.

Super Gemas: gratinar!

Os Super Gêmeos são dois heróis criados para o desenho dos SuperAmigos, em 1977. Com a junção de suas mãos e o grito: “Super Gêmeos, ativar!” eles usavam seus poderes. Jayna podia se transformar em qualquer animal (terrestre, aquático, aéreo, extraterrestre e mitológico) e Zan se transformava em água em qualquer uma de suas formas. na forma sólida ele podia ser objetos feitos de gelo também. Os dois irmãos tinham como animal de estimação o macaco alienígena Gleek, que ora estragava, ora salvava o dia. Todos eram oriundos do planeta Exxor. Os heróis fugiram de um Circo Espacial ( ! ) e foram para em um planeta onde um inimigo do Superman planejava bombardear a Terra. Os gêmeos e o macaco vão, então, ao nosso planeta avisar a Liga da Justiça sobre os planos do vilão. Os heróis decidem ficar na Terra substituindo Marvin, Wendy e seu cão, Marvel (os sidekicks originais dos SuperAmigos) na equipe. Para viver uma vida normal, sua identidade civil era Johan e Johanna Fleming, vindos de Esko, na Suécia. Os …

Batman – O Cavaleiro de Gotham

Depois de assistir ao fantástico Batman – O Cavaleiro das Trevas, assitimos ontem ao Batman – O Cavaleiro de Gotham. Explico. A Warner fez uma estratégia parecida com o que aconteceu com os filmes de Matrix e a animação Animatrix. As histórias do Batman ocorrem entre o primeiro e o segundo filme de Christopher Nolan. São seis episódios interligados, todos desenvolvidos por estúdios japoneses, por isso o estilo anime. O primeiro deles, e que foi o que mais gostei, chamado “Eu tenho uma história para você”, mostra garotos skatistas e suas visões sobre o Morcego. Um deles acha que ele é uma sombra, outra que ele é um morcego humano voador e outro, um robô. Qual deles estará certo? O segundo, “Fogo Cruzado” foca nos policiais Chrispus Allen (que agora é o Espectro no universo DC) e Anna Ramírez (uma Renèe Montoya genérica e que também está no filme com o Coringa). A história é escrita por Greg Rucka (Gotham City Contra o Crime). A hitória traz os agentes da lei no meio de uma …

Os MInutemen!

20 motivos para ler Watchmen

Hoje saiu o trailer de Watchmen. Muito bom, por sinal. Visualmente fiel. O que me surpreende é que fora do mundinho nerd a maioria das pessoas não conhece Watchmen. Eu faço meu trabalho de catequista e empresto minha série de 12 revistas, em caixa especialmente feita pela Júlia, para a maioria dos meus amigos mais próximos e que topam ler a série. Quem topou, com certeza gostou. Mas aí você que não lê quadrinhos vem e me pergunta: “Mas por que eu vou ler essa coisa?”. Agora eu lhe dou os motivos: 1.Em termos comparativos com outras mídias, Watchmen é para os quadrinhos o que Cidadão Kane é para o cinema, ou o que Sgt. Peppers Lonely Heart Club Band é para a música. 2.A capa de cada edição/capítulo é um close de uma imagem que tem cicontinuidade na primeira página de história, funcionando sempre como o primeiro quadro desta. 3.Richard Kelly (Donnie Darko) e Darren Aronofsky (Réquiem para um Sonho, The Fountain) apontam o trabalho de Moore como uma das principais influências em seus …

1986

1986. Eu já havia começado a andar e falar com as pessoas ao meu redor e, provavelmente, tomava muita sopa de beteraba enquanto minha mãe lia histórias da Turma da Mônica. Chernobyl explodia deixando o mundo inteiro apavorado com as conseqüências da energia nuclear durante uma Guerra Fria que esfriava. O Cometa Haley passava pela Terra, me deixando fascinado, repetindo a palavra Haley e contando do cometa pra todos que vistavam nossa casa. Ia ao ar pela primeira vez o Xou da Xuxa, que me faria estragar uma televisão porque as meninas haviam ganhado naquele dia. E começava o plano Cruzado, um dos vários planos que mudavam a cara da nossa moeda e mudaria também o orçamento familiar dos brasileiros. Paramos de assinar as revistas da Disney. Eu me envolvia no mundo da Turma da Mônica, dizia que eu era o Cebolinha (não por acaso, era deste personagem que eu estava vestido na minha festa de um aninho – camiseta verde e short preto) e arranjava papéis na Turma do Maurício para todos na minha …

A Maldição do Último Prato

Ir a um restaurante em grupo, é batata. Sou sempre servido por último. É a minha maldição. Meu carma. Chame como quiser. Assim como tenho uma tremenda sorte pra conseguir um ônibus sempre quando eu quero, tenho um baita azar quando se trata de vir a comida. Todo mundo já comendo, e eu babando. Se é pra dar errado com um prato: o meu! o meu! Claro, que sempre tem as minhas frescuras de ah, tira os champinhons, coloca mais queijo ralado, pode substituir o arroz por purê de batata? É, batata! Batata, vem errado. Outro dia fomos comer um bauru, sabe, aquele sanduíche com formato de bunda? Pedi com tomates secos. Veio com bacon. Eu odeio bacon. O pior é que eu comi na boa até metade do bauru pra me dar conta… É aquele negócio psicológico: se a gente não sabe o que é, nem sente o gosto. Ou era a renite pegando forte. O fato é que hoje fui almoçar em bando no Paná Paná, dica da Dídi, que está, excruzive, na …

Quadrinhos e literatura

A escolha de Fun Home – Uma tragicomédia em família, de Alison Bechdel como livro do ano pela revista Time, em 2006 e American Born Chinese, de Gene Luen Yang, ter concorrido ao National Book Award gerou a polêmica: quadrinhos são literatura? O histórico de prêmios diria que sim. Afinal, Maus, de Art Spiegelman ganhou o Pulitzer em 1992. E a história Sonho de Uma Noite de Verão, de Neil Gaiman em Sandman ganhou o World Fantasy Award como melhor história curta em 1991. E Chris Ware, com seu Jimmy Corrigan ganhou em 2001 o Guardian First Book Award. Watchmen foi escolhido como um dos 100 melhores romances do século XX pela Time novamente. Mas o fato é que quadrinhos NÃO são literatura. Assim como quadrinhos NÂO são cinema. Eles são as duas coisas e também não são. As histórias em quadrinhos CONTÉM literatura e cinema. Assim como contém a pintura, por exemplo. Os quadrinhos não são um subgênero literário, ou uma divisão artística. Eles são uma coisa à parte. Eles são a nona arte, …

Criança que lê HQ junta, cresce junta!

A evolução da splash page

Blog às moscas. Estou lendo Reading Comics – how graphic novels work and what they mean, de Douglas Wolk. O livro é basicamente sobre crítica de quadrinhos, coisa  que é difícil você ver alguém falando sobre. Tem muitos livros por aí de crítica literária, de crítica musical,  de crítica de cinema, mas de quadrinhos é complicado encontar, mesmo em inglês. O livro é muto bom porque o autor não usa de literatice pra dizer  pra que veio, usa uma linguagem bem informal. E no caminho vai usando de autores consagrados como Kant e Horácio para explicar como os quadrinhos funcionam, sem esquecer Eisner e McCloud, as referências principais nessa área. Pretendo, então, colocar aqui algumas passagens do livro que me chamaram a atenção. Começo com a  evolução das splash pages, na minha tradução mega mal-feita: “Nos velhos quadrinhos havia uma tradição de abrir uma história com uma “splash page”, algo equivalente à “tomada emblemática” nos primórdios do cinem – um painel de tamanho maior na primeira página de uma história de quadrinhos de gênero que …