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5 Músicas e 5 Quadrinhos da Marvel Sobre Bullying

Estará mentindo quem disser que nunca sofreu bullying ou foi trollado por alguém na internet. O que é o bullying? Bullying é o assédio sofrido por pessoas do mesmo nível. Ou seja, os queridos coleguinhas, sejam eles de trabalho ou de escola. Eu já sofri bullying tanto na escola como no trabalho. E se, você está nessa situação, siga o meme dos gays “It Gets Better”! Mas pra ajudar ainda mais vocês, aqui vão 5 quadrinhos que falam sobre bullying e 5 músicas pra dar a trilha sonora deles.

  1. HOMEM-ARANHA

0buavengersPra quem não sabe, Peter Parker começou como um nerd, CDF, que tinha de usar óculos para poder enxergar o que estava escrito no quadro enquanto toda a turma fazia bagunça. Foi a nerdice dele que o levou a uma amostra de ciências que o fez ser picado por uma aranha radioativa e receber poderes de aranha. Ele se tornou o Homem-Aranha. Ironicamente, Flash Thompson, o maior bully da escola, estrelinha dos esportes, gostosão das meninas, se tornou o maior fã do Homem-Aranha. Com o tempo, Flash se tornou um dos melhores amigos de Peter (quando Peter já era famoso. Cof, cof…). E Peter perdoou Flash, assim como você faz quando adiciona seus coleguinhas bullyingueros no facebook. Mas não esquece.

 

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  1. NOVA

0bunovaSam Alexander, o Nova mais recente, era bullyingado na escola por ser filho do faxineiro. Na verdade, o pai de Sam era um poderoso Nova que tinha de esconder seus poderes da comunidade da cidadezinha minúscula de Carefree, Arizona. Às vezes vir de uma origem menos nobre ou simplesmente ter menos dinheiro que seus coleguinhas pode fazer de você um pária, como no caso de Sam. Ele era perseguido por uma turma de bullying e tinha de apanhar sem poder revelar que, na verdade, ele era um baita super-herói. Entretanto, o próprio Sam acabou salvando os malditos bullies da destruição da escola. Ah, as ironias da vida de um esquisitão… Só restou aos bullies agradecer.

 

 

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  1. VINGADORES: CHEGA DE BULLYING

0buavengers2Essa foi uma edição especial da Marvel promovendo o combate contra o assédio entre iguais. Na primeira história os Vingadores mais poderosos fazendo bullying com o Gavião Arqueiro porque ele não tem super-poderes. No final da história, o Gavião salva o dia e todos os outros Vingadores têm de reconhecer. Além disso temos uma história dos Guardiões da Galáxia mostrando que o bullying existe em todo o canto do Universo, infelizmente. Na história eles ajudam uma extraterrestre a se sentir melhor consigo mesma, mesmo sendo diferente dos seus coleguinhas. E, na história do Homem-Aranha, temos o Spidey ajudando um menino gordinho e negro a entender como funciona a cabeça fraca dos bullies.

 

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  1. BLUE EAR

0buearCerta vez um menino surdo enviou uma carta para a Marvel dizendo que sofria bullying por ser surdo e queria que a editora criasse um herói com deficiência auditiva. A Marvel, então, em parceria com uma empresa de aparelhos auditivos criou não só uma campanha publicitária para esclarecer as crianças sobre a realidade dos deficientes auditivos. Também acabou criando o herói Blue Ear (Ouvido Azul) em uma edição especial do Homem de Ferro. A editora batizou o alter-ego do Blue Ear com o nome do menino que mandou a carta. Claro que o herói só teve uma história publicada pela Marvel e depois caiu no esquecimento. Mas o que vale é a intenção. Ou não?

 

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  1. CAPITÃO AMÉRICA

0bucapiCaso você não saiba até mesmo o fortão líder dos Vingadores, o Capitão América, sofria bullying quando era pequeno. Naquela época, ele era apenas o mirrado e franzino Steve Rogers, que só queria entrar pra turma dos “legalzinhos”, mas acabava sempre virando o saco de pancadas. A mesma coisa acontecia com sua mãe, Sarah Rogers, que apanhava do seu marido. Mas Sarah, que sustentou Steve até quando pode, quando morreu atacada por uma tuberculose, o ensinou a resistir e ser resiliente. Foi com essa gana que o menino fracote se candidatou para o exército e, dispensado, serviu de cobaia para o Projeto Supersoldado, quando se tornou o Capitão América.

 

 

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Nas nossas músicas vemos como “parece que o jogo virou, não é mesmo?”. Mika, Jessie J e os demais artistas, incluindo esse bonito clipe com Andrew Garfield, o ex-Homem-Aranha dos cinemas, mostram que se tornaram estrelas e os bullies que os incomodavam hoje não são nada, apenas obstáculos que os ajudaram a enfrentar a vida e perseguir ainda mais o seu caminho. Claro, que nem tudo são flores. Muita gente acaba morta por bullying, se não pelas mãos dos malfeitores, pelas suas próprias, por não aguentar a humilhação.

Por isso, nos Estados Unidos, o mês de outubro é o mês de prevenção do Bullying com a campanha “Pise no Bullying”. Ano passado várias capas da editora trouxeram mensagens de apoio às vítimas de abuso e assédio. Mais bonito que isso foi ver os artistas independentes de Cleveland, Ohio, que fazem parte da iniciativa Scribble Nerds, criarem uma campanha usando os super-heróis Marvel. Eles distribuíram adesivos com os dizeres “Seja um herói, não um valentão (Be a hero, not a bully)”. Você fica com as imagens, que são a mensagem final do nosso post! Não ao bullying!

por

Guilherme “Smee” Sfredo Miorando nasceu em Erechim em 1984. É Mestre em Memória Social e Bens Culturais, onde pesquisa quadrinhos e sexualidades. É especialista em Imagem Publicitária e bacharel em Publicidade e Propaganda. Ministra aula de quadrinhos e trabalha com design editorial e roteiros. Já trabalhou em museus e com venda de livros e publicidade. É pesquisador associado do Cult de Cultura e da ASPAS (Associação de Pesquisadores em Arte Sequencial). Faz parte do conselho editorial da Não Editora. Co-roteirizou o premiado curta-metragem Todos os Balões vão Para o Céu. Seu livro de contos Vemos as Coisas como Somos foi selecionado pelo IEL-RS em 2012. A partir de 2014, publicou ao menos um quadrinho independente por ano. Loja de Conveniências, sua primeira narrativa longa foi lançada em 2014. Em 2015 participou da coletânea de HQs LGBT Boys Love. Em 2017 colaborou com o quadrinho A Liga dos Pampas de Jader Corrêa, que explora mitos gauchescos. Também lançou Desastres Ambulantes em parceria com Romi Carlos, um quadrinhos sobre segunda guerra mundial e OVNIs, que foi selecionado pelo edital estadual PROAC/SP. Em 2017, publicou Abandonados Pelos Deuses: Sigrid, com Thiago Krening e Cristian Santos e também Fratura Exposta: REDUX com Jader Corrêa. Também escreve os roteiros para os super-heróis portoalegrenses Super Tinga & Abelha-Girl. Mantém o blog sobre quadrinhos splashpages.wordpress.com há mais de 10 anos.

3 comentários

  1. b2l5a0c3k diz

    Ótimo post! Sofri muito bullying na época da escola por ser negro, então sei muito bem como é ruim isso. Quanto ao post tenho uma pergunta: Esse Blue Ear surgiu antes ou depois da Eco?

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    • Guilherme Smee diz

      Oin, Will! Sinta-se abraçado! Blue Ear surgiu beeem depois da Eco. A Eco surgiu lá por 99-2000. E acho que o Blue Ear é de 2008-09 ou depois ainda! Abs!

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  2. Pingback: pesquisa de trabalhos na área – quadrinhos – tcc_thabata_2019

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