Todos os posts com a tag: bolha especulativa

Com Grandes Poderes de Compra, Vem Grandes Responsabilidades Sociais

Estamos vivendo um tempo em que a política virou um verdadeiro FLA FLU, não existe nenhum número entre 8 ou 80, ou se é isso ou se é aquilo. Isso fala muito sobre a identidade da sociedade que, ao mesmo tempo que incorre em uma ambivalência maior, por outro lado estabelece acirradas fronteiras ideológicas. Essa identidade e essa fronteira também tem a ver com os produtos que consumimos. Veganos vs carnívoros. Orgânicos x transgênicos. Mão de obra escrava versus trabalho digno. Comércio livre versus monopólio corporativista. Essa é a política do consumo, mas também é o consumo da política. E isso afeta aos quadrinhos também, vistos os recentes boicotes à produção da Marvel Comics e da Panini Comics Brasil. E é sobre a política que afeta nossas compra que vou falar a seguir.

Será Mesmo Que Diversidade Não Vende?

No último mês, os executivos de vendas da Marvel Comics acusaram a diversidade dos seus personagens como fator das baixas vendas das suas revistas.Enquanto isso, a DC Comics, com títulos quinzenais dos seus medalhões está dando de lavada na concorrente no quesito vendas. Mas será mesmo que diversidade não vende?

A Última História dos Vingadores – The Last Avengers Story, de Peter David e Ariel Olivetti

The Last Avengers Story é um dos títulos deste selo de vida curtíssima (dois anos apenas). A minissérie, em duas edições, vinha em formato de luxo, com lombada quadrada, papel couchê de gramatura alta, capa com acetato no estilo Marvels e a arte pintada de Ariel Olivetti, a quem você deve conhecer da última série do Cable e de O Diário de Guerra do Justiceiro que saia na Marvel Action.

10 Motivos Para Ler Valiant Comics

Lançadas ano passado pela HQM Editora, as revistas da Valiant Comics são um boa pedida pra quem quer histórias de super-heróis que respeitam os leitores. São dois títulos nas bancas brasileiras: X-O Manowar e Universo Valiant da editora criada na década de 80 pelo ex-editor-chefe da Marvel Jim Shooter. A Valiant foi uma das editoras que pereceram na bolha especulativa dos anos 90. Ela foi comprada pela criadora de videogames Acclaim, que faliu em seguida. Retornando nos anos 2010, quando os direitos sobre seus personagens foram comprados por novos investidores. Recriada, ela veio com toda a força, e com novos donos, vieram novos criadores e uma nova roupagem para seus personagens, sem perder aquilo que os fez memoráveis. Aqui vão dez motivos para você não perder este “novo universo”: INEDITISMO: Os quadrinhos da Valiant são inéditos no Brasil. Nem em sua versão anterior foram publicados aqui. A editora se torna uma alternativa para personagens super-conhecidos da Marvel e da DC Comics. CRIADORES: A editora conta com talentos da nova geração que merecem uma espiada. Robert …

A Bolha Especulativa dos Quadrinhos

Matéria publicada originalmente no site fanboy.com.br em 2007. _____ O escritor escocês Mark Millar, perito em criar polêmicas, vem defendendo uma teoria de que a indústria de quadrinhos vive de ciclos. Esses ciclos se dariam em altos e baixos, que variam de dez em dez anos. Para exemplificar, vejamos um pouco da história dos comics norte-americanos: a indústria teve seu boom nos anos 40, quando apoiados na Segunda Guerra Mundial, os gibis venderam milhões de cópias. Depois, na década de 50, com a perseguição aos quadrinhos, a indústria sofreu um declínio. Nos anos 60 se viu renovar a indústria com a chegada da Marvel, na década de 70 com a onda de cancelamentos que ficou conhecida como “Implosão da DC”, os comics voltaram a cair. Alan Moore e Frank Miller deram um novo fôlego às revistas na década de 80, e a bolha especulativa levou a Marvel à bancarrota nos anos 90, caracterizando o último ponto baixo da história dos comics. Pouca gente sabe, ou se deu conta do que aconteceu naquela época com o …

A Guerra vai ser pra decifrar todos esses personagens!

Um chá com a Marvel UK (10 de 12)

Com a chegada dos anos 90, Paul Neary se tornou editor-chefe da Marvel UK e os títulos produzidos na Inglaterra passaram a ser comercializados nos EUA. Tudo isso acontecia em meio à ascensão da Bolha Especulativa que fazia com que os consumidores comprassem o maior número possível de revistas, já que tinham potencial de se valorizar muito em um futuro não muito distante, e os primeiros números poderiam valer milhões. Assim, a Marvel UK entrou na onda e lançou nos Estados Unidos, entre outros, uma segunda versão de Death’s Head (que ficou conhecido como Espectro e Caveira no Brasil), um segundo volume de Cavaleiros de Pendragon, Motormouth (título que depois foi chamado de Motormouth e Killpower) e Hell’s Angel. Todos esses títulos tinham como plano de fundo as ações da organização subversiva Mys-Tech, o que acabou resultando no crossover Guerras Mys-Tech. Na terra da rainha, todos estes títulos eram publicados na antologia Overkill. Assim como todo “bom” personagem do início dos anos 90, os novos protagonistas das revistas Marvel UK, andavam na onda do “grim and …