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10 Capas de Álbuns de Rock Inspirados na Linguagem dos Quadrinhos

Duas coisas que não saberia viver sem são quadrinhos e música. Mas nem sempre que eles se encontram as coisas saem direitinho, mas algumas vezes saem. Existem muitas capas de rock que foram desenhadas por renomados artistas de quadrinhos, assim como existem alguns artistas de quadrinhos, como Mike Allred, que já se aventuraram a gravar álbuns de rock. Os quadrinhos undergrounds de Robert Crumb e o rock tem muito a ver entre si e a contracultura. Mas neste post escolhemos 10 capas de álbuns de rock que se utilizam da linguagem dos quadrinhos (layouts, requadros, balões, personificação) para comunicar com seus comunicadores. Então, estão preparados? Let’s rock! (and roll).

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CHEAP THRILLS, DE JANIS JOPLIN & BIG BROTHER & THE HOLDING COMPANY (1968)

Este memorável álbum de Janis Joplin antes da sua carreira solo também traz uma capa memorável, feita pelo “muso” do quadrinho underground, Robert Crumb. Quem conhece Crumb sabe que ele simplesmente odeia rock’n’roll e prefere muito mais curtir um blues, do qual ele tem uma imensa coleção de discos. Mas como ele e Janis viviam em São Francisco, eram amigos e gostavam de curtir algumas substâncias ilícitas, a cantora convenceu o arredio cartunistas a fazer a capa do segundo álbum de sua banda. E então essa capa entrou para a história!

Leia mais sobre 1972, o ano em que os quadrinhos underground autobiográficos tomaram a cultura de assalto.

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WEASELS RIPPED MY FLESH, DE FRANK ZAPPA (1970)

Inspirado nas obras de arte de Roy Liechtenstein baseadas nos quadrinhos, o designer Neon Park criou essa bizarra capa para o disco de Frank Zappa. A imagem foi inspirada por uma capa da revista Men’s Life, onde um homem sem camisa era atacado por um bando de furões assassinos. Zappa perguntou a Neon: “É isso. O que você pode fazer pior ainda?” e surgiu a capa do disco também inspirada em um anúncio do barbeador elétrico Schick. Na Alemanha, entretanto, o disco teve a capa de um bebê robótico preso em uma ratoeira.

Leia aqui um post sobre as “inspirações” do artista pop art Roy Lichtenstein através dos quadrinhos.

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WHO WILL SAVE THE WORLD? THE MIGHTY GROUNDHOGS, DE THE GROUNDHOGS (1972)

Outro artista avesso ao mainstream acabou fazendo esse álbum da cultuada banda de blues psicodélico, que é reverenciada por Dave Grohl. Esse artista foi Neal Adams, que era um dos grandes astros dos quadrinhos na época. Em um curto espaço de tempo ele já havia passado por Vingadores, X-Men, Batman, Superman, Lanterna verde & Arqueiro Verde. Adams também foi um dos primeiros grandes nomes dos quadrinhos a lutar pelos direitos criativos e de copyright dos artistas dos comics. Por alguma razão, a banda o convenceu de fazer essa capa, retratando-os como super-heróis

Leia mais aqui sobre quadrinhos dos anos 70, como Arqueiro Verde e Lanterna Verde, e sua relevância social.

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IMAGES 1966-1967, DE DAVID BOWIE (1973)

O camaleão do rock também teve a sua capa de álbum de músicas inspirada na linguagem dos quadrinhos. Esse álbum foi Images 1966-1977, cujo design foi criado por Neon Park, que já havia trabalhado com a linguagem dos quadrinhos em um álbum de Frank Zappa. A capa mostrava algumas canções do álbum sendo retratadas na linguagem de quadrinhos. O álbum de Bowie foi censurado na Inglaterra e sua capa foi substituída em 1975.

Leia um post com cinco personagens dos quadrinhos inspirados no camaleão do rock David Bowie.

24 ORIGINAL HITS, DE THE DRIFTERS (1975)

O The Drifters foi um grupo de doo-wop, R&B e soul music estadunidense, surgido em 1953. Ele foi um dos grupos de maior duração da música e também um dos a conter o maior número de integrantes, com diversas formações. Entre seus sucessos estão Under The Boardwalk, The Goes My Baby, Some Kind of Wonderful e On Broadway. Para a compilação 24 Original Hits, o artista britânico Brian Bolland, de Camelot 3000 e A Piada Mortal, ainda no começo de sua carreira foi chamado para retratar em um quadrinhos cada um de seus 24 maiores sucessos lançados pela Atlantic Records.  

Leia um post sobre a importância de Camelot 3000, de Mike W. Barr e Brian Bolland.

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HOLIDAYS IN THE SUN, DO SEX PISTOLS (1977)

A banda que marcou o punk rock com suas letras e músicas anarquistas e o rebuliço no palco, o Sex Pistols, trouxe na capa do seu quarto single, Holidays in The Sun, uma linguagem de quadrinhos. A revista Rolling Stone deixou a faixa em 43º lugar das 100 Melhores Músicas de Guitarra de Todos os Tempos. A música foi inspirada em um feriado que a banda passou nas Ilhas do Canal e, depois foi integrada ao álbum Never Mind The Bollocks, Here’s The Sex Pistols.

Leia uma resenha do quadrinho Fashion Beast, de Alan Moore e do mentor do Sex Pistols, Malcolm McLaren.

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TRUE LOVE STORIES, DE JILTED JOHN (GRAHAM FELLOWS) (1978)

Graham Fellows era um estudante de teatro que resolveu em agosto de 1978 gravar um álbum romanceado que contava a história de Jilted John, um universitário que havia perdido sua garota. Graham, sempre interessado na performance teatral, criou muitos outros personagens para outros álbuns. Neste True Love Stories, a capa do disco emula os quadrinhos de romance, muito populares na década de 50 nos Estados Unidos e popularizados por Joe Simon e Jack Kirby, os criadores do Capitão América.

Conheça Irmão Poder, o Geek, herói hippie, inusitado e desconhecido criado por Joe Simon na DC Comics.

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UNMASKED, DO KISS (1980)

Não é segredo pra ninguém que a banda Kiss e, principalmente seu líder, Gene Simmons adoram quadrinhos. Eles chegaram a ter, inclusive uma revista pela Marvel Comics e pela Image Comics. Esse foi o primeiro álbum em que o Kiss usou contribuições de compositores de fora da banda para compor o álbum. Já nesse álbum, Peter Criss não teve envolvimento com a gravação. Foi Anton Fig quem assumiu a bateria.

Leia mais sobre a participação do Kiss na Marvel, em um gibi que levou seu sangue na tinta!

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WE NEED MEDICINE, DE THE FRATELLIS (2013)

A banda indie que deve boa parte de seu sucesso à repetição constante de sua música Chelsea Dagger e tantas outras na MTV durante o ano de 2005, no ocaso do canal televisístico, também fez uma capa se baseando na arte de Liechtenstein. O álbum marca a reunificação da banda após sua separação, e também marca um significante declínio do grupo inglês que caiu do TOP 5 para o TOP 100 do Reino Unido em apenas uma semana de vendas.

Conheça os crossovers em quadrinhos do desenho da MTV Beavis and Butt-Head com os heróis da Marvel.

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MAN, IT FEELS LIKE SPACE AGAIN, DE POND (2015)

A banda de rock psicodélico australiana lançou o álbum Man,it feels like space again em 23 de janeiro de 2015, sendo este seu sexto álbum. No layout da capa, temático de espaço e ficção científica, podemos ver uma grande influência no layout de Cheap Thrills de Robert Crumb e Janis Joplin. A banda é composta de um membro desgarrado da banda hipster Tame Impala, Nick Allbrook e é considerada como uma espécie de spin-off da original.

Uma crítica aos quadrinhos de Matt Fraction, um dos maiores autores hipsters dos quadrinhos mainstream.


Os álbuns aqui listados estão em ordem cronológica. Não colocamos álbuns como “Surfing with alien”, de John Satriani, “Barulhinho Bom”, de Marisa Monte, “1”, do Sonic Youth, porque apesar de se utilizarem da estética dos quadrinhos, não se utilizam de sua linguagem. Se fossemos nos pautar por esse critério, teríamos milhares de álbuns nessa lista. E então, mergulhadores, que acharam dessa nova listinha esperta? Não deixem de comentar! Abraços submersos!

 

5 comentários

    • Guilherme Smee diz

      Oi Lucas! Valeu! Então, o “The Man From Utopia” usa a estética dos quadrinhos, como aqueles que falei no final, mas não tem elementos da sua linguagem. Abraços! =)

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